Pessoas idosas ainda são as mais afetadas pela gripe

Um a cada três pessoas que morreram em decorrência de gripe no Paraná possui mais de 60 anos. Os idosos representam, segundo o novo boletim da gripe divulgado nesta quarta-feira (29) pela Secretaria estadual da Saúde (Sesa), 34,6% (47 casos) de um total de 136 óbitos provocados por Influenza. Foram 20 óbitos registrados em uma semana e desses novos casos, 11 referem-se a idosos. O boletim mostra que o principal responsável pelos óbitos é o vírus H1N1, que neste ano começou a circular com mais intensidade do que em anos anteriores: 43 dos óbitos dos idosos se referem a esse vírus.

Em todo o estado, levando em conta as demais faixas etárias, 125 mortes foram provocadas somente pelo H1N1 em 2016, segundo o boletim. Neste mesmo período do ano passado, o Paraná tinha registrado somente sete mortes provocados por Influenza, sendo que nenhum era causado por H1N1. As mortes por gripe estão distribuídas em 19 das 22 regionais de saúde do estado.

Casos diagnosticados

Ao todo, de acordo com o boletim epidemiológico da Sesa, já foram registrados 807 casos de Influenza – 751 referentes à H1N1. Em uma semana foram diagnosticados 82 novos casos.

Segundo a secretaria, esses números referem-se a pessoas que chegaram a desenvolver algum tipo de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocado por Influenza e precisaram ser internados ou acabaram entrando em óbito. “A Vigilância da Influenza e dos outros vírus respiratórios é realizada pela vigilância universal dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) dos internados e óbitos”, informa a pasta por meio do próprio boletim.

O objetivo principal do monitoramento é identificar o comportamento do vírus Influenza, já que são quadros da doença que se agravaram e foi necessária a internação do paciente.

Prevenção

De acordo com a médica e chefe do Centro de Epidemiologia da Secretaria da Saúde, Júlia Cordellini, a maneira mais eficaz para se proteger da gripe é a higiene das mãos. “Lavar as mãos com frequência deve se tornar um hábito. Esta é a melhor maneira de se proteger não só da gripe, mas também de outras doenças”, afirma.

As superfícies e objetos que entram em contato frequente com as mãos, como mesas, teclados, maçanetas e corrimãos, devem ser limpos com álcool. Objetos de uso pessoal, como copos e talheres, não devem ser compartilhados. Também é necessário evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas.

Segunda Júlia, outra orientação importante é cobrir a boca e o nariz com um lenço descartável quando for tossir ou espirrar. “Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e a ingestão de líquidos também ajuda na manutenção da imunidade”, complementa.

Fonte: Jornal Gazeta do Povo