Santo Agostinho e o amor pelos irmãos

No domingo, dia 28 de agosto, a Igreja celebra a festa de Santo Agostinho. Na Igreja Católica Agostinho é venerado como um santo, um proeminente Doutor da Igreja e o patrono dos agostinianos. 

Foi uma longa caminhada e luta para transformar seu coração, mas no mês de agosto de 386, meditando no jardim, ouve uma voz de criança que diz "Tolle et lege" (Toma e lê) e tomando as Cartas de São Paulo lê: "Não é nos prazeres da vida, mas em seguir a Cristo que se encontra a felicidade".

As dúvidas se dissipam e é neste momento que culmina todo o processo de sua conversão. Encontrando Deus no seu coração achou a felicidade, a paz e a verdade que procurava. No ano seguinte, na Vigília da Páscoa é batizado. Veja abaixo o artigo de Monsenhor Jonas Abib, sobre Santo Agostinho.

Santo Agostinho dizia: “Ama e faça o que quiseres”. Amar é o resultado de um aprendizado, precisamos aprender. A família é o ambiente propício para que isso aconteça de maneira natural. Por isso, vamos nos decidir, hoje, a amar a nossa família e as pessoas com as quais convivemos. Vamos procurar conhecê-las mais a fundo. Precisamos sair de nós mesmos e nos lançar na linda aventura de conhecer, se interessar e amar o outro. Essa é a vontade de Deus a nosso respeito.

Na Bíblia, na passagem do “Bom Samaritano”, está escrito que o bom samaritano encontrou um homem ferido na estrada, cuidou dele, o levou para a hospedaria e lá continuou cuidando do enfermo. Mas houve uma hora que precisou partir. Então, ele (bom samaritano) deu dois denários para que cuidassem do enfermo, dizendo que se faltasse algo o daria ao voltar.

Santo Agostinho diz que esse “Bom Samaritano” é Jesus e que o “dono da hospedaria” somos nós, e o que “gastarmos” com os demais, Ele, o Senhor, nos pagará na vinda d’Ele. Ele lhe pagará a mais, por isso, gaste a sua vida pelo outro!

Todos nós precisamos do amor puro uns dos outros, da convivência, das diferenças, e até mesmo das dificuldades entre nós. Tudo isso, faz parte do nosso crescimento, da nossa maturidade. Sem isso, ficamos afetivamente imaturos e emocionalmente inseguros.

Problemas existem e, muitas vezes, deixam feridas no coração, mas nem por isso desistiremos do amor. Deus nos dá a capacidade de amar, mas a decisão de amar dependerá de nós. Se nos decidirmos pelo amor, tudo mudará em nossa vida.


Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova e presidente da Fundação João Paulo II