Celebrar Cristo Rei é colocar Jesus acima de todos os imperadores que já existiram

Hoje compartilhamos o artigo do nosso embaixador, Padre Reginaldo Manzotti, com a reflexão sobre as festas liturgicas do mês de Novembro. O destaque é a Festa de Cristo Rei, celebrada no dia 20 de novembro.

"O mês de novembro é rico em festas litúrgicas que nos fazem pensar sobre o sentido de nossa caminhada de fé. Começamos com a solenidade de Todos os Santos, lembrando-nos que somos chamados a sermos santos, como nosso Pai é santo. Logo a seguir celebramos a Festa da Esperança. Nela refletimos a finitude da vida humana e a recompensa eterna para aqueles que creem em Jesus e na sua ressurreição gloriosa. Finalmente, encerrando o ano litúrgico, celebramos a solenidade de Cristo Rei.

Esta festa é uma das mais importantes do calendário litúrgico, e tem o sentido escatológico, pois celebramos Jesus Cristo como Rei e Senhor de todo o universo. E esse ano ainda também é o encerramento do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Não que a misericórdia de Deus vá acabar, isso é impossível, esta é infinita.

Hoje, vivemos a democracia. Os reis que ainda restam não têm força, são figurativos. Mas lembremos de que já houve época em que um rei era o soberano e tinha nas mãos o direito sobre a vida de seus súditos, como, por exemplo, o império da Babilônia com Nabucodonosor, que dominou toda uma região. Também, no império romano, os césares dominaram o mundo, tão grande era o poder de um imperador.

Por isso, celebrar Cristo Rei é colocar Jesus acima de todos os imperadores que já existiram. Numa linguagem atualizada é dizer que Nosso Senhor Jesus Cristo é maior que qualquer autoridade no mundo civil, portanto, para nós, deve ser maior do que todos os valores que podem nos fazer perder o horizonte da eternidade.

Perdemos esse referencial se não colocamos Jesus no topo de nossa vida como o soberano, como o Senhor a quem servimos. Se não for assim, justifica-se a corrupção e a injustiça. Se Jesus não fosse Aquele que está acima de todo bem temporal, de toda força política e de toda força do mal, justificar-se-ia a riqueza e a pobreza desnivelada, a mentira, a morte, o fingimento e tudo o que há de errado. Então, para que lutar? Seríamos estúpidos em levar uma vida de sofrimento e resignação se Ele não fosse o Senhor.

De fato Jesus é o Rei do Universo e, mesmo antes de tudo ser criado, Ele já existia, e quando tudo terminar, Ele ainda existirá. Ele é o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Começo e o Fim (cf. Ap 22,13). Proclamemos o senhorio de Jesus consentindo que Ele reine em nossas vidas, praticando o amor, o direito e a justiça."

Deus abençoe,
Padre Reginaldo Manzotti