Avós que cuidam dos netos vivem mais e todo mundo ganha!

De acordo com um novo estudo divulgado pela publicação Evolution and Human Behavior, avós que ajudam a cuidar do netos vivem mais do que aqueles que não participam tanto da rotina das crianças. Para essa descoberta, foram estudados 500 idosos entre 70 e 103 anos. Eles analisaram três grupos: dos que não eram avós, dos avós que não ajudavam muito a cuidar dos netos e dos que faziam isso ocasionalmente.

Os idosos que cuidavam dos netos tiveram uma vida mais longa. Eles viveram cerca de 10 anos depois que o estudo foi feito. Os que não ficavam muito com crianças, faleceram cinco anos após a pesquisa. Também se concluiu que os idosos que não tinham netos, mas cuidavam de outras crianças, também viveram mais.

É como se cuidar de outras pessoas desse mais um motivo para viver mais. Ajudar nos cuidados, no entanto, não deve ser visto como a fórmula para a vida longa. Segundo Ralph Hertwig, diretor da instituição Center for Adaptive Rationality at the Max Planck Institute for Human Development, apenas um nível moderado de participação na educação dos netos tem efeitos positivos.

Um envolvimento mais intenso pode causar estresse e desgaste físico e emocional. Isso quer dizer que deixar a garotada na casa do avô ou da avó é bom, mas não pode abusar!

Por que os avós são tão importantes?

Apesar de não serem protagonistas na educação dos netos, o papel dos avós é muito importante! Eles são sábios e tem a capacidade de ouvir, algo que as pessoas, em geral, não conseguem. Os avós costumam ouvir as crianças mais do que os pais e, assim, criam uma conexão com os netos.

O avô bem equilibrado ajuda o pai e a mãe a ouvir e traduzir o que a criança quer dizer. Muitas vezes, isso se mostra em atitudes, não adianta falar. O avô faz elo pelo silêncio, uma postura serena, agindo no momento certo. Quando chega esse momento de ser pai ou mãe pela segunda vez, a vida toma outro rumo, as relações mudam e, sempre com bom senso e equilíbrio, essa nova fase pode ser uma delícia!

Fonte: REDAÇÃO PAIS&FILHOS - 02.01.2017